Determinados tipos de trabalho podem colocar a segurança do trabalhador em risco, deixando-o mais exposto a sofrer acidentes. É para evitar esses problemas que existem os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), para garantir mais tranquilidade no exercício de atividades arriscadas. Entre esses equipamentos, estão os calçados de segurança. Saiba qual a importância deles, os tipos existentes e como escolher o modelo ideal. Confira!
Por que investir em calçados de segurança?
Os números comprovam que o número de casos de acidentes de trabalho têm caído: de acordo com o último Anuário Estatístico da Previdência Social, de 2016 para 2017, o índice sofreu uma redução de mais de 6%. A fiscalização cada vez mais rígida em relação ao uso de EPIs é um dos fatores que proporcionaram essa melhora. Por outro lado, dentro dos acidentes que ainda acontecem, os pés são a segunda parte do corpo mais atingida: nesse mesmo relatório, mais de 35 mil casos atingiram os pés dos trabalhadores.
Os calçados de segurança, portanto, são uma forma de evitar que possíveis acidentes causem algum dano aos pés. Além disso, seu uso é obrigatório, previsto pela Norma Regulamentadora número 6 (NR 6).
O primeiro anexo da NR 6 apresenta a classificação dos calçados de segurança, de acordo com o tipo de risco para o qual cada um é utilizado. As categorias são as seguintes:
- Proteção contra impacto da queda de objetos sobre os pés;
- Contra energia elétrica;
- Contra agentes térmicos;
- Contra agentes abrasivos e escoriantes;
- Contra agentes cortantes e perfurantes;
- Proteção de pés e pernas contra umidade, em casos de operações com uso de água;
- Proteção contra possível respingo de produtos químicos.
Por isso, dependendo do ambiente e das condições de trabalho, dos riscos presentes, existe um modelo de calçado de segurança ideal, cujo material será capaz de proteger os pés desses agentes externos.
Tipos de calçados e indicações de uso
Veja, a seguir, alguns dos principais tipos de calçado de segurança, para saber qual deles é o mais adequado para o seu trabalho.
- Botas de Borracha: estão disponíveis com cano curto, médio ou alto, são mais leves e, por isso, bastante confortáveis, não comprometem os movimentos. São indicadas para riscos mais suaves, como ambientes molhados e escorregadios, já que possuem um solado antiderrapante que garante mais estabilidade;
- Biqueira de PVC: as botas que possuem apenas a biqueira de PVC estão entre as mais utilizadas nas empresas, graças à sua versatilidade. Elas também são antiderrapantes e protegem os pés de quedas de objetos, escoriações, respingos de produtos químicos e outros fatores semelhantes;
- Biqueira de aço: outra opção é a parte frontal do calçado revestida internamente por aço. Deve ser usada no lugar da bota anterior quando há risco de queda de objetos mais pesados. Alguns modelos chegam a resistir a 20 Kg;
- Biqueira de composite: o composite é tão resistente quanto o aço, porém, é obtido a partir de uma combinação de poliéster, vidro e fibra de carbono. Por não ter metal em sua composição, é recomendado para ambientes com riscos elétricos;
- Botas térmicas: em alguns casos, os trabalhadores enfrentam condições extremas de temperatura, por exemplo, aqueles que atuam em frigoríficos e câmaras frias. Nesse tipo de situação, é necessário que o calçado, além de ser antiderrapante e proteger os pés de possíveis impactos mecânicos, também ofereça conforto térmico.
A escolha do melhor tipo de calçado de segurança depende muito da individualidade de cada trabalho. É preciso avaliar o ambiente sob a perspectiva dos riscos presentes nele, e encontrar os EPIs que, de fato, vão deixar o trabalhador mais seguro e protegido.
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